quinta-feira, 18 de agosto de 2011

E agora, José?


Ele é exatamente aquele meu 'tipo ideal'. Moreno, inteligente, educadíssimo, responsável, bonito, de família, boa cabeça, bom papo. Nos conhecemos no Carnaval de 2009 e a afinidade foi recíproca logo de cara. Por conta da correria, quase nunca nos víamos, mas conversávamos quase todos os dias (santo MSN!). Em pouco tempo criamos uma amizade bacana – até então nunca tinha olhado para ele com outros olhos; era só amizade mesmo. Acho que, pessoalmente, nos vimos mais duas ou três vezes. A vida, doida como sempre, nos afastou por diversos motivos - correrias, desencontros de horários, etc. Mas, apesar da saudade e da distância, ele permaneceu na minha cabeça...

E ela, a vida – imprevisível e surpreendente como ela só – me deu uma alegria inesperada. Reencontrei-o numa balada, há alguns dias atrás. Para minha surpresa, fiquei mais feliz do que seria ‘razoável’ ficar com esse reencontro. Sabe quando o coração dá aquela balançada? Então...  No fim nem nos falamos muito; eu comemorava o aniversário da minha irmã; ele o aniversário de um amigo. O engraçado disso tudo é que eu raramente saio de balada (a Kitsch nem conta mais; faz meses que não apareço por lá) e, que eu saiba, ele também não é nenhum baladeiro de plantão. No entanto, fomos nos reencontrar justamente numa balada. Vai entender!

Agora cá estou eu, pensativa como sempre. Namorando ele não está – claro que já dei aquela checada básica. Se bem que isso não quer dizer nada também. O pior é que não sei o que vai pela cabeça dele (e isso, por si só, já é problema dos grandes). Juro que não estava a fim de me apaixonar, de namorar, me envolver, nada disso. Tava tão bem, puta merda. E agora isso. Faço o quê dessa minha vidinha emocional tão conturbadinha, me diz?


domingo, 7 de agosto de 2011

Grande amor

Eu sempre quis viver um grande amor, aquela coisa de filme e tal. Uma paixão arrebatadora, uma linda história de amor. Já tinha desistido quando ele apareceu. Foi tão de repente, tão sem eu esperar que me pegou totalmente desprevenida. Eu, me apaixonando perdida e irremediavelmente aos 21 anos? Pois é, foi o que aconteceu.

Por uma série de motivos esse grande amor não aconteceu. Talvez não fosse a hora, talvez eu não fosse a pessoa certa para ele, talvez ele não fosse o cara certo para mim, talvez eu tenha 'platonizado' as coisas. Existem muitos ‘talvez’ nessa história. Talvez o maior deles seja, simplesmente, que não era para ser. Fácil assim.

Passei dez meses da minha vida imaginando como seria se tivesse acontecido. Me perguntei milhões de vezes se eu seria capaz de agüentar a loucura de vida que ele leva. Me questionei inúmeras vezes se a nossa diferença de idade (de doze anos) atrapalharia o nosso relacionamento. Refleti se as nossas maneiras de ser, nossas preferências e nossos valores – tão parecidos em alguns aspectos e tão diferentes em outros – não terminaria por sufocar o nosso amor. Não consegui chegar a nenhuma conclusão.

Acho que um grande amor, igual a esse que sinto pelo príncipe, só acontece uma vez na vida. Digo ‘sinto’ porque o sentimento não morreu. Ele continua dentro de mim e vai continuar sempre. Tem coisa que não muda nunca, apenas se adapta às circunstâncias. Costumo dizer que eu não deixei de amá-lo; apenas parei de me iludir. Há uma sutil diferença entre uma coisa e outra.

Tenho certeza absoluta de que nunca vou amar outro homem do jeito que amo ele. É uma coisa inexplicável - provavelmente nem seja coisa dessa vida; vai muito além do aqui e do agora. Sei que muita gente vai dizer que nenhum amor é igual a outro; que cada pessoa é especial à sua maneira. Concordo. Mas sei também que ninguém será tão importante como ele é para mim nem representará tanto na minha vida como ele representa. Às vezes até eu mesmo me assusto com a intensidade desse sentimento; não é fácil lidar com isso dentro do peito. Machuca, sufoca, dá desespero. Mas o tempo têm sido um bom aliado. E me atrevo a dizer que, ainda que com muito esforço, tenho sido vitoriosa nessa batalha.


PS.: Se você ler esse texto, não fique preocupado querido. De verdade. Não tive nenhuma ‘recaída’. É que às vezes botar para fora alivia um pouco. Estou firme no propósito de ser feliz – e sei que posso contar contigo pra isso. Te amo. Para sempre.