domingo, 13 de setembro de 2015

E quando o certo não é (tão) certo e o errado não é tão errado assim?

Até que ponto devemos ir em nome da nossa felicidade ou realização? É justo fazermos algo, ainda que isso, de certa forma, prejudique alguém, só para ter aquela vontade realizada?

Pensei que soubesse a resposta (e, até a semana passada, ela seria "não, claro que não; a nossa realização não deve esbarrar na falta de respeito e consideração pelo outro"). Na prática tudo é fácil e tudo lindo, mas daí chega a vida, impiedosa como ela só, e te põe numa situação surreal que faz você questionar tal "verdade absoluta".

Me orgulho de ser uma pessoa que não deseja ou faz o mal para as outras pessoas (nem mesmo quando algumas delas imploram por isso). Veja, não estou dizendo que sou um anjo ou a Madre Teresa (longe disso, aliás!), mas aprendi que pessoas ruins acabam, cedo ou tarde, atraindo de volta tudo aquilo de ruim que fizeram ou desejaram para os outros. E na boa? Não quero isso pra minha vida não; já tenho tantas questões para me preocupar...

No entanto, sou humana, imperfeita e sim, também piso fora da linha. Sou suficientemente corajosa para assumir meus erros e não me arrepender de ter feito algo "não tão certinho assim" - coisa, eu sei, que não me tira a culpa e nem aquele sentimento de "é, não foi bacana, Bia". Sim, fiquei sem dormir, chorei horrores e me senti a última das criaturas. Sabe aquele aperto no peito? Uma merda... Mas, cá entre nós: estamos nesse mundo para evoluir, certo?