Até que ponto devemos ir em nome da nossa felicidade ou realização? É justo fazermos algo, ainda que isso, de certa forma, prejudique alguém, só para ter aquela vontade realizada?
Pensei que soubesse a resposta (e, até a semana passada, ela seria "não, claro que não; a nossa realização não deve esbarrar na falta de respeito e consideração pelo outro"). Na prática tudo é fácil e tudo lindo, mas daí chega a vida, impiedosa como ela só, e te põe numa situação surreal que faz você questionar tal "verdade absoluta".
Me orgulho de ser uma pessoa que não deseja ou faz o mal para as outras pessoas (nem mesmo quando algumas delas imploram por isso). Veja, não estou dizendo que sou um anjo ou a Madre Teresa (longe disso, aliás!), mas aprendi que pessoas ruins acabam, cedo ou tarde, atraindo de volta tudo aquilo de ruim que fizeram ou desejaram para os outros. E na boa? Não quero isso pra minha vida não; já tenho tantas questões para me preocupar...
No entanto, sou humana, imperfeita e sim, também piso fora da linha. Sou suficientemente corajosa para assumir meus erros e não me arrepender de ter feito algo "não tão certinho assim" - coisa, eu sei, que não me tira a culpa e nem aquele sentimento de "é, não foi bacana, Bia". Sim, fiquei sem dormir, chorei horrores e me senti a última das criaturas. Sabe aquele aperto no peito? Uma merda... Mas, cá entre nós: estamos nesse mundo para evoluir, certo?
domingo, 13 de setembro de 2015
domingo, 4 de janeiro de 2015
Medo de (a) mar
Um mar de sentimentos nunca
antes explorados me invadiu naquele ínfimo momento em que nossos olhares se
cruzaram. Por longos meses eu lutei bravamente para não entrar nesse mar – e se
eu me afogasse? Tomei coragem, respirei fundo, subi na mais alta rocha, fechei
os olhos e saltei no meio do oceano. No começo eu afundei, engoli muita água,
sufoquei, perdi os sentidos, fui arremessada às pedras. Com o tempo, no
entanto, aprendi a relaxar e deixei que a correnteza me levasse de volta à
praia. E é nela que me encontro nesse momento: sentada na areia, admirando o
eterno vai e vem das ondas e me preparando para um novo salto. Sim, porque
apesar dos percalços e dos riscos envolvidos, eu aprendi que nadar, mesmo em
mar aberto, não é tão difícil assim.
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