Relação ídolo-fã

Muitas vezes me pego tentando entender essa relação meio sem noção que é você ser fã de determinada pessoa. Você gosta dela porque ela é bonita, porque canta bem ou porque ela é inteligente? O que te leva a idolatrar ou endeusar alguém que nem sabe da tua existência?

Quando mais nova, adorava Sandy & Jr.! Meninos educados, talentosos, nunca metidos em nenhum escândalo ou coisa que possa ter maculado a carreira impecável ao longo de 17 anos. Tenho praticamente todos os CDs (salvo engano falta o penúltimo) e não tive coragem de me desfazer das duas pastas enormes e cheias de revistas, fotos e reportagens deles...Isso fez parte da minha vida durante mais de 10 anos! Não dá pra simplesmente pegar e jogar fora...Um dia crio coragem e resolvo o que fazer com isso tudo.

Outro ídolo meu (dessa vez internacional), é o cantor canadense Michael Bublé. Dono de uma voz de enlouquecer qualquer mortal, me 'ganhou' quando ouvi 'Home' sem querer na rádio há uns quatro anos atrás. Foi paixão à primeira ouvida! Tenho quatro dos seis CDs e dois DVDs incríveis - um deles, o 'Caught In the Act' de 2005, é completamente viciante...Perdi as contas de quantas vezes já assisti. Minhas irmãs quase deram sumiço no bicho por conta disso! Recomendo, viu?

Meu mais novo ídolo – mais novo pela ordem de 'conhecimento', por assim dizer - é o repórter do CQC – Custe o que Custar da Rede Bandeirantes, Rafael de Faria Cortez, vulgo Rafa Cortez. Desde que comecei a assistir o programa, há mais ou menos um ano e meio, tenho reparado que esse cara se destaca dos demais (na minha modesta opinião, fique claro). Não desmereço nenhum dos outros meninos, que também são ótimos! Aliás, o CQC é uma das pouquíssimas coisas que assisto e que realmente vale a pena na TV brasileira! Pessoas talentosíssimas, com humor rápido, inteligente e irreverente...Programa sério e bem-feito, sem aquele apelo barato ou sensacionalismo ridículo – coisa comum na mídia hoje em dia.

Bem, voltando ao Cortez...Tive a oportunidade de falar com ele pessoalmente três vezes, e, em TODAS elas, o cara foi extremamente educado, simpático e atencioso. Numa das vezes (em janeiro, quando fui assistir sua apresentação de stand-up num barzinho em Moema) o presenteei com uma singela caixa de bombons e ele, muito humilde, me disse que essa era uma atitude que o tinha deixado profundamente sem graça...Me conquistou de vez ali! Acho que mais do que palavras, sorrisos, autógrafos ou fotos, o que realmente faz a diferença é a atitude e a simplicidade da pessoa. Não é preciso mais nada.

Passaria (fácil!) a noite inteira dando as razões de eu gostar tanto dessa criatura (e olha que são inúmeras as razões e os motivos para tal). Mas não é necessário... Até porque eu mesmo não sei definir ou dimensionar o que ele representa pra mim. Basta apenas ter visto, sentido e ouvido tudo de positivo que rolou durante todo esse tempo. Pra mim já é mais do que suficiente!
...E não importa quantas vezes eu o veja ainda; terei sempre aquela reação típica de quem tá perto daquele 'ser inatingível' que é o ídolo na mente de um fã: aquela tremedeira, falta de ar, tontura, mãos suando...É uma sensação que não tem como explicar ou descrever...Só quem tem algum ídolo sabe como é!

Eu, Rafael e a caixa de bombom - Ao Vivo - 18/01/2010