São Paulo, 15/06/2011, TUCA. Lançamento do CD ‘Elegia da Alma’ de Rafael Cortez. Uma noite simplesmente inesquecível.
Foram exatos 34 dias de muita espera, expectativa e ansiedade. Muitas noites mal-dormidas, terríveis insônias, faltas de apetite intercaladas com uma fome insaciável, cabeça que não conseguia focar em nenhum assunto, crises de nervos, orações e mais orações, perda do meu avô materno, viagem-relâmpago para o Rio e uma gripe ferrada que me derrubou desde segunda-feira. Assim foi o meu último mês. Uma mistura explosiva de diversos sentimentos e acontecimentos. Uma verdadeira loucura. E a loucura toda terminou anteontem, da forma mais bonita possível.
Quando desci do táxi em frente ao TUCA, o coração parecia querer sair do peito. O nó na garganta era enorme. Rostos conhecidos começaram a surgir de todos os lados e a expectativa quase sufocava. A ficha só caiu quando você pisou no palco. Aí não deu mesmo para agüentar: as lágrimas vieram incessantes. Sim, você tinha conseguido. O meu Rafa tava lá, realizando um sonho antigo. E eu, sortuda, pude participar desse momento tão especial.
Acho que nunca o vi tão nervoso; a tensão era tanta que parecia palpável. Mas nada disso afetou ou atrapalhou sua brilhante apresentação. As músicas foram executadas com tanto amor, com tanta verdade, com tanto sentimento, que não tinha como não se emocionar e se deixar envolver. O nervosismo inicial deu lugar ao artista tranqüilo e apaixonado por seu violão – em determinados momentos ambos pareciam um só, tamanha sintonia. ‘Naquele Tempo’, ‘Encantada’ e “Elegia da Alma’ me fizeram chorar copiosamente – cada uma por um motivo em especial. A satisfação, o orgulho e a alegria que tomaram conta do meu pequeno coração depois do último acorde é algo que não tenho como dimensionar ou explicar. Ouso apenas afirmar que foi, sem dúvida, uma das emoções mais fortes que já senti na vida.
O abraço que ganhei de ti após a apresentação traduzia tanta coisa que não foi preciso dizer muita coisa. E o não dito daquele momento fica registrado aqui: você é o meu orgulho, Rafael. Um cara corajoso, que não se intimidou diante dos milhares de obstáculos durante esses 7 anos. Um cara que batalhou duro, que não se rendeu às exigências do mercado fonográfico e que bancou, do próprio bolso, o sonho de lançar seu filhote exatamente da maneira que tu queria. O resultado não poderia ser melhor: ‘Elegia da Alma’ é uma obra-prima. As fotos, o encarte, os textos, a apresentação, tudo é muito bem-feito e de extremo bom gosto – aproveito aqui para parabenizar a Verônica. Ela foi essencial na realização desse sonho e é de extrema importância na vida dele.
É nego, mais uma vitória sua. Mais uma alegria minha. Parabéns, você merece. É uma honra enorme tê-lo como amigo/ídolo.
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É tanta coisa... |
PS.: É sempre difícil ser imparcial quando se trata de qualquer coisa relacionada a você. Mas especificamente neste caso mandei a imparcialidade para o espaço. É muita coisa...Você sabe.