domingo, 7 de agosto de 2011

Grande amor

Eu sempre quis viver um grande amor, aquela coisa de filme e tal. Uma paixão arrebatadora, uma linda história de amor. Já tinha desistido quando ele apareceu. Foi tão de repente, tão sem eu esperar que me pegou totalmente desprevenida. Eu, me apaixonando perdida e irremediavelmente aos 21 anos? Pois é, foi o que aconteceu.

Por uma série de motivos esse grande amor não aconteceu. Talvez não fosse a hora, talvez eu não fosse a pessoa certa para ele, talvez ele não fosse o cara certo para mim, talvez eu tenha 'platonizado' as coisas. Existem muitos ‘talvez’ nessa história. Talvez o maior deles seja, simplesmente, que não era para ser. Fácil assim.

Passei dez meses da minha vida imaginando como seria se tivesse acontecido. Me perguntei milhões de vezes se eu seria capaz de agüentar a loucura de vida que ele leva. Me questionei inúmeras vezes se a nossa diferença de idade (de doze anos) atrapalharia o nosso relacionamento. Refleti se as nossas maneiras de ser, nossas preferências e nossos valores – tão parecidos em alguns aspectos e tão diferentes em outros – não terminaria por sufocar o nosso amor. Não consegui chegar a nenhuma conclusão.

Acho que um grande amor, igual a esse que sinto pelo príncipe, só acontece uma vez na vida. Digo ‘sinto’ porque o sentimento não morreu. Ele continua dentro de mim e vai continuar sempre. Tem coisa que não muda nunca, apenas se adapta às circunstâncias. Costumo dizer que eu não deixei de amá-lo; apenas parei de me iludir. Há uma sutil diferença entre uma coisa e outra.

Tenho certeza absoluta de que nunca vou amar outro homem do jeito que amo ele. É uma coisa inexplicável - provavelmente nem seja coisa dessa vida; vai muito além do aqui e do agora. Sei que muita gente vai dizer que nenhum amor é igual a outro; que cada pessoa é especial à sua maneira. Concordo. Mas sei também que ninguém será tão importante como ele é para mim nem representará tanto na minha vida como ele representa. Às vezes até eu mesmo me assusto com a intensidade desse sentimento; não é fácil lidar com isso dentro do peito. Machuca, sufoca, dá desespero. Mas o tempo têm sido um bom aliado. E me atrevo a dizer que, ainda que com muito esforço, tenho sido vitoriosa nessa batalha.


PS.: Se você ler esse texto, não fique preocupado querido. De verdade. Não tive nenhuma ‘recaída’. É que às vezes botar para fora alivia um pouco. Estou firme no propósito de ser feliz – e sei que posso contar contigo pra isso. Te amo. Para sempre.

2 comentários:

  1. Bia, querida que 'triste lindo' texto.Vou te dizer uma coisa, amei perdidamente durante 17 anos. Desde adolescente, eu era uma menininha. Durante todo esse tempo, aquele sorriso foi o meu maior veneno. Eu o tive, o perdi,me iludi...foi platônico...nem sei dele...passei por ele 17 anos dps, achei que o sorriso dele me doparia denovo, minhas borboletas nem quiseram sair do estômago...percebi que há tempos a história já havia se acabado. Só no meu coração continuou. Nem acreditei que feridas cicatrizam, estancam.Ficam só umas marquinha tolas. Estou apaixonada novamente...um amor maduro, nada juvenil, louco...mas arrebatador. Se eu pudesse voltar ao tempo, ouviria o que tantas pessoas me diziam e hoje te digo: abra seu coração para novos amores. Vai te fazer bem, olhe ao seu redor..muito boa sorte. Principes existem , e muitos...mas dono do seu coração...será um só. No momento certo. Esse amor que você sente não será disperdiçado. Ouça a música " Futuros Amantes", na voz de Chico Buarque. É o que exatemente gostaria de te dizer. Boa sorte, linda flor. Layla

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  2. http://www.youtube.com/watch?v=59P64-TtOKY
    Esse é o vídeo. Presta atenção nas coisas que o Chico diz. Um dia você vai me dar razão. Beijo, Layla

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