sábado, 20 de fevereiro de 2010

Gostar de alguém

Porque se apaixonar é tão difícil? Será que é assim com todo mundo? Aceitar e encarar que se gosta de alguém, pra mim, sempre foi algo muitíssimo complicado. Sempre fui muito reservada nesse aspecto; talvez por medo de sofrer e quebrar a cara ou mesmo por não ser correspondida.

Minhas amigas na época do colégio não viam a hora de 'ficar' com os meninos pra sair contando pra galera toda. 'E você Bia, não gosta de ninguém não?' era a pergunta que eu mais temia escutar...Nunca sabia o que dizer e sempre dava um jeito de não responder diretamente a indagação. Morria de vergonha só de me imaginar ficando com alguém e a galera toda em volta olhando!
Dei meu primeiro beijo aos 15 anos (isso mesmo, aos 15!) debaixo de uma árvore enorme que tinha no colégio que eu estudava. O menino era um amor e lembro dele com enorme carinho até hoje. A gente perdeu contato, mas ele me marcou bastante; não por ser o primeiro, mas por ter sido tão carinhoso comigo naquele momento tão 'mágico'.
De lá pra cá pouca coisa mudou: fiquei com mais alguns meninos (alguns que me arrependo, outros que foram especiais ao seu modo), namorei, conheci outras pessoas, mas acho que nunca me apaixonei verdadeiramente...Claro, quando gostava de alguém achava que era o amor da minha vida, mas depois de duas semanas descobria que não era bem assim. Eu queria mais.

Minha vida estava tranqüila até que ele apareceu. Assim, de repente, devagarinho, sem que eu me desse conta...Se tornou alguém especial em pouquíssimo tempo e deu um sentido diferente à minha vida. Há tão pouco era apenas um amigo querido e assim, de uma forma maluca, tornou-se aquela pessoa por quem eu me apaixonei...Como pode?
No começo não aceitava; como eu podia estar apaixonada por ele?! Ficamos um tempinho sem nos ver, mas quando o encontrei foi que a ficha caiu: eu estava mesmo gostando dele! E numa noite, durante uma conversa normal de amigos - quando eu e ele menos esperávamos - acabei contando o que sentia. Mesmo morrendo de vergonha, fiquei com o coração mais leve; tá certo que não preguei o olho a noite toda, mas pelo menos agora ele sabia!

As semanas que se seguiram foram uma mistura explosiva de sentimentos: alívio, apreensão, calmaria, choros, noites inteiras acordadas...Contar à ele foi um risco que assumi e que agora tenho que agüentar. Não é fácil (nem um pouquinho!), mas não me arrependo. Ele sabe o quanto é especial e o tanto que torço pela sua felicidade. É uma pessoa de bem, pra cima, super talentoso. Acima de tudo e antes de mais nada somos amigos e torcemos muito um pelo outro. O que será daqui pra frente eu não sei. O que sei é que nada é à toa e, se por algum motivo ele entrou na minha vida , era porque tinha que ser. Te adoro criatura. (você sabe disso!)

Um comentário:

  1. Quero saber direitinho dessa história! :-)

    E acho que o melhor mesmo é sempre deixar claro o que você sente. Amor platônico não serve pra NADA! Eu tive uns dois amores platônicos e não disse nada a eles por causa de muitos e muitos medos, incluindo aí o medo de perder a amizade ou de ser rejeitada. Bobagem. Isso de amor platônico não é legal porque você acaba idealizando a pessoa, você cria na sua cabeça todo um romance que nem existe. O bom mesmo é tentar, arriscar, mesmo quando não dá certo.

    O Paulinho da Viola tem uma frase ótima: "é de se entregar o viver". E é bem por aí. Viver é se entregar. Se não for assim, não tem graça.

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