O que acontece com o clima no nosso país? Desabamentos de terra em pleno Réveillon, enchentes e mais enchentes no Sul, um calor insuportável no Rio, chuvas incessantes em São Paulo...O caos está instalado!
Nunca me preocupei muito com esse lance de aquecimento global e consciência ecológica, mas com a chuva torrencial que caiu aqui em São Paulo na tarde de ontem (e me deixou mais de 10 horas seguidas sem luz), comecei a mudar de opinião. Sim, porque não é normal chover há mais de 45 dias consecutivos no mesmo lugar...Tem alguma coisa errada!
Os mais engajados, ou como diriam os engraçadinhos, os 'ecochatos', atribuem essa revolta da natureza ao descuido da maioria da população. Analisando friamente a situação, vejo que há certa razão no que eles dizem. Se prestarmos atenção no nosso dia-a-dia, veremos que não nos preocupamos em separar o lixo comum do lixo reciclável, em não jogar papel de bala, bituca de cigarro, garrafinha de água e toda a sorte de objetos no chão ou pelo janela do carro, em diminuir o tempo no banho...
O pior é que tem gente que acha normal jogar lixo no chão ou em vias públicas. Fico maluca com isso! Será que esse mesmo cidadão faz isso em casa? Com certeza não, mas já que a limpeza da cidade é de 'responsabilidade' da prefeitura, então tudo certo; não tem problema nenhum jogar um papelzinho de bala na calçada. Se isso acontece lá fora, no exterior, a pessoa pode, desde pagar uma multa até ser preso por desrespeitar as normas do lugar...Porque então aqui nego faz isso e continua impune? Muito simples: porque aqui não há respeito ao bem comum. Não é preciso que haja uma lei que proíba as pessoas de destruírem ou dilapidarem o bem público; basta que haja educação e bom senso por parte de todos. Se a cidade permanecer limpa, não há necessidade de se gastar mais com a manutenção das ruas, praças, parques e avenidas e, conseqüentemente, sobra mais dinheiro para ser investido em outras áreas importantes como educação, saúde, moradia, transportes...Fora que as enchentes sempre trazem outras preocupações: disseminação de doenças, estragos por toda a cidade, mortes, prejuízos enormes para moradores, comerciantes, empresários...
Já pensou se todos nós jogássemos um papelzinho ou uma latinha nas ruas? Viveríamos todos em um enorme aterro sanitário! O mais engraçado, para não dizer ridículo, é que se o cidadão que polui a cidade tem sua casa alagada por conta das chuvas e perde tudo o que têm, ainda se acha no direito de colocar a culpa no governo! Não estou isentando o governo de responsabilidade – pois ela é de todos nós; da pessoa que joga lixo na rua até o político que não sabe administrar o dinheiro público e não investe naquilo que é realmente necessário. Não, mas é mais fácil jogar a culpa no outro do que olhar o próprio umbigo!
O mundo tem mais de 6 bilhões de pessoas. Se cada uma delas fizesse a sua parte (jogando o lixo no lixo, reciclando tudo aquilo que fosse possível, economizando energia elétrica e água - que é uma fonte não renovável e é cada vez mais cobiçada), a situação do planeta seria diferente. Eu não quero que meus filhos – e acredito que a maioria também não queira - vivam num mundo aonde haja racionamento de água, de energia, e até mesmo de comida ou o tempo e o clima sejam sempre instáveis, onde num dia faz um sol escaldante e no outro caia um dilúvio que arrase com tudo.
Não sei se tudo isso que está acontecendo é culpa da população, do governo, se é a vontade de Deus ou se é revolta da natureza. O que sei é que nunca é tarde para começar e não há mais tempo a perder. É hora de mudar os hábitos antes que seja praticamente impossível sobreviver no planeta Terra!
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