Obrigada...

Passei aqui só para agradecer o apoio e a força que algumas pessoas têm me dado nos últimos dias: às minhas mafiosas e queridas sobrinhas (Dezza, Cisa, Middy e Érica), Jé (que sempre me manda recadinhos carinhosos), Carol (minha vizinha, amiga-irmã, porto seguro e confidente), Renatinha (fofíssima) e Grazy, que apesar do pouquíssimo tempo, também têm me dado bons conselhos.

O momento 'decisivo' está cada vez mais próximo. Tenho me preparado bastante para isso. Mas todo e qualquer tipo de manifestação de carinho que eu receba, neste momento tão confuso e doloroso, faz toda a diferença. Obrigada meninas. Do fundo do coração.

Rir (ainda) é o melhor remédio!

Acabei de voltar do teatro. Fui assistir ao 'Tamo Junto' com o Marco Luque (coisa que estava protelando há séculos) e realmente me surpreendi. Não que eu achasse que o cara não tinha talento, mas não imaginava o quanto ele é foda! A interação com a platéia, as sacadas rápidas, os beat-box (é assim que escreve?!), as palhaçadas todas...Show demais! É risada a apresentação toda.

A simpatia e o bom humor com o pessoal que ficou lá para tirar uma foto ou pegar um autógrafo também me surpreendeu - já ouvi muita coisa negativa a respeito dele e, de verdade, não esperava me divertir tanto. Taí um programa que eu recomendo: vão se divertir com o Luque no teatro, moderfockers! Eu, com certeza, assistirei de novo! 

PS.: Juro que ele não me pagou para fazer merchan! haha

Fim de um domingo

Acabei de chegar em casa. Fui jantar com a Carol (uma amiga pra lá de especial) e a Tati (outra fofa). Parada obrigatória de uma noite de domingo chuvoso: Joakins, no Itaim. Comer era só desculpa para colocar o papo em dia. Depois de ficar trancafiada em casa ontem, remoendo os acontecimentos passados e os que ainda virão, sair da 'toca' era a coisa que eu mais precisava. Neste caso, era o que nós três precisávamos. Sim, estamos as três passando quase pela mesma coisa. Nada melhor do que conversar, falar dos fracassos amorosos, rir e se distrair um pouco! 


Depois de comer horrores, nenhuma de nós quis voltar para a casa (é, ninguém queria enfrentar seus próprios problemas). Saímos sem destino por aí e como não poderia deixar de ser, fomos à segunda parada obrigatória da noite: a Ofner de Moema! Quer coisa melhor do que se acabar numa taça de sorvete de chocolate, pistache e creme coberto de calda quente e farofa doce? Eu, que nunca fui adepta de nenhum tipo de regime, mandei ver! Ainda tive pique de mandar bala num pedaço de torta-mousse enoooorme. Normalmente eu já como muito; quando estou deprimida então...Fodeu! 


Deixamos a Tati em casa, conversamos eu e Carol mais um tantinho, demos força uma à outra, um último abraço. Sabia que no momento que pisasse em casa tudo aquilo que estava sentindo antes voltaria. E, de fato, voltou. Minhas irmãs já estão no quinto sono e meus pais, que estão no Rio, pelo horário também devem estar dormindo o sono dos justos. Mais uma vez, cá estou, sozinha com meus pensamentos. Ouvindo, pela milionésima vez, a mesma música que me fez chorar rios de lágrimas ontem pela manhã (ao vivo é infinitamente pior). Com a cabeça lá na puta que pariu, esperando que tenha corrido tudo bem e torcendo para que ele tenha um bom retorno. 


Sei que a noite hoje será longa. Daqui há exatas 5 horas terei que levantar para ir trabalhar, mas não estou com o menor sono e a cabeça não pára de fervilhar. Juro que gostaria de saber quando essa tortura vai acabar. Sinceramente, não agüento mais. Não ME agüento mais.

Tá chegando a hora...

Eu que pensei que ele tivesse esquecido, me enganei completamente. Ele não deixa um detalhe sequer escapar. Hoje lembrou-me de que temos uma conversa pendente. Eu sei disso - e como sei. A hora da verdade está se aproximando e não tenho muita certeza de como reagirei e nem de como ficaremos dali para a frente.

De uma única coisa eu tenho certeza: do jeito que está não dá para continuar; não estou agüentando mais. Haja saúde mental, espiritual e física (aliás, essa já foi para o saco há muito tempo!). Que aconteça o que tiver que acontecer.

Casa da dor

Há muito tempo que eu fechei a porta
E abandonei o coração no escuro
Há muito tempo que eu ergui um muro
E deixei a felicidade pra fora

Eu sei
O tanto tempo que o amor demora
Pra reabrir um coração ferido
O tanto tempo que é tempo sofrido
Onde cada segundo parece hora

Mas o dia frio tem que terminar
Sol há de brilhar bonito
Cedo na manhã, pára de chover
Coração solta seu grito
Hora de acordar
Não vou mais sofrer
Já sofri demais, eu juro
Não vou mais rimar
Tanto amor e dor
Chega de viver no escuro

Vou sorrir
Vou cantar
Vou abandonar a casa da dor
Vou deixar o sol entrar


(Música linda do Jair Oliveira, na voz do incrível Pedro Mariano).

Além da vida

'Eu queria entender ou pelo menos explicar
O que sinto aqui dentro
É tão grande, tão intenso, tão bonito...
E bastou ver teu sorriso
Pra tudo isso acontecer

Eu queria entender ou pelo menos explicar
O que se passa aqui dentro
Que coisa é essa que chegou revolucionando
Me fazendo perder noites e noites a fio
Bagunçando tanto a minha vida

E é tão grande, tão intenso, tão bonito...
E me faz tão bem
E já não há como viver sem...

Eu queria entender ou pelo menos explicar
O que acontece aqui dentro
Que me deixa tão feliz, tão fora de mim
Que me faz perder o rumo, me faz perder o prumo
Que me leva do céu ao inferno em questão de segundos

E é tão grande, tão intenso, tão bonito...
E me faz tão bem
E já não há como viver sem...

É como se a vida tivesse nos reaproximado
Como se retomássemos um caminho iniciado em outras vidas
Porquê é muito forte e é tão lindo
E é algo para além dessa vida, é para sempre
Então vamos aproveitar

E eu sei que um dia tudo vai se acertar
Meu coração vai saber a hora certa
Eu sabia a minha vida inteira que iria te encontrar
Eu vou te mostrar o quanto eu te amo
E então, enfim, seremos felizes

E é tão grande, tão intenso, tão bonito...
E me faz tão bem
E já não há como viver sem...
Não tenha medo, vem'


Amar deixa a gente besta. Sem mais.

Ah, fica pior sim!

Num país onde qualquer pessoa pode se candidatar - tendo ela alguma ou nenhuma formação -, onde a quebra de sigilo fiscal vira algo corriqueiro (e permanece sem resolução, numa tentativa patética de abafar e minimizar os estragos causados), onde não há discussão acerca de planos de governo e sim verdadeiros combates inflamados deste contra aquele candidato (muitas vezes levado para o lado pessoal), fica uma pegunta no ar: onde é que nós vamos parar?


Assistir a propaganda eleitoral gratuita é uma verdadeira tortura. Candidatos que surgem do nada, que fazem piada com a nossa cara com a maior naturalidade do mundo, que não têm sequer um plano de governo (quanto menos uma diretriz decente ou alguma linha de raciocínio plausível). Tá foda de aturar.


A decisão judicial - já revista, graças a Deus - de proibir os programas humorísticos e demais meios de comunicação de fazer graça com os políticos não tinha lá muita razão de existir, uma vez que a própria propaganda eleitoral é uma palhaçada completa. É mulher fruta, cantor, jogador de futebol, palhaço, bispo, missionário, homem que bate em mulher...Mais 'engraçado' que isso, impossível! Muitas pessoas comemoraram a decisão do ministro Ayres Britto, de suspender o inciso II do artigo 45 da Lei Eleitoral (nº 9.504/97). Eu, ao contrário, não vi nenhum motivo para tal; comemorar a volta da liberdade de expressão e de pensamento, quando na verdade ela já era prevista na Constituição, só me leva a constatar uma coisa muito triste: sim, chegamos ao fundo do poço. O pior, a meu ver, é que esses direitos estão sendo desrespeitados de forma maquiada, aos poucos; não pode isso, não pode aquilo e ninguém fala nada. Daqui a pouco vão decidir o que devo usar, aonde posso me divertir, quem eu devo escutar e, aí sim, adeus democracia! Que volte a ditadura!


Sabe qual os dois problemas do brasileiro? Um: ele é acomodado. Para que trabalhar se eu tenho o Bolsa Família? Para que estudar se eu tenho cota nas Universidades Federais? Para uma grande maioria está bom do jeito que está; então pra quê abrir mão da mordomia? Estudar, trabalhar, lutar para ser alguém na vida, investigar a vida do candidato e avaliar quem está melhor preparado para assumir determinado cargo com competência é trabalhoso demais. Melhor ficar com as migalhas que o governo oferece. Dois: o pessoal tem memória curta; os casos do Waldomiro Diniz (em 2004), o Mensalão e os dólares na cueca (ambos de 2005), caso dos Aloprados (em 2006) e o Dossiê contra FHC e sua esposa (em 2008) permanecem sem solução. E tem muita gente que nem se lembra mais de nenhum desses casos. Agora, quando a coisa apertar, quero ver nego botar a culpa nos caras que estão lá no poder. Não se esqueçam de que eles só estão lá porque nós, eleitores, os elegemos. Política, ainda que não pareça, é coisa muito séria. Por isso, um conselho: pense bem em quem você quer ver defendendo os seus e os interesses de todos os brasileiros, seja na Presidência, no Congresso Nacional ou nas Câmaras Municipais. Quatro anos não passam assim tão rápido e se lamentar depois não vai tirar os caras de lá. Consciência meu povo, consciência... Porque, pode sim, ficar pior do que já está!

Seguindo em frente

Hoje foi um dia excepcionalmente bom. Domingo ensolarado, almoço em família, Vila Madalena. Fazia tempo que não me sentia tão leve, tão despreocupada, tão 'Bia'. Estava precisando sair um pouco, ver o sol, dar risada, falar bobagem, não me preocupar com nada. Parece que o peso nas costas diminuiu 80%.


Mas a noite ainda continua sendo a parte complicada do dia. É a hora que você não tem para onde fugir e, por mais que eu me force a não pensar, não tem jeito: meus pensamentos estão lá, nele. E tanta coisa me faz lembrar dele que tem horas que o nó na garganta parece me sufocar. Aí eu fecho os olhos, conto até 10, respiro fundo. Não é fácil, definitivamente não é. Aliás, não sei o que é pior: ver ou não ver, falar ou não falar. Porque sempre depois de vê-lo bate um vazio enorme, como se toda a minha alegria fosse sugada de mim; é uma sensação horrível. Sei que tenho sido bastante repetitiva ultimamente, mas escrever é uma maneira bem eficaz de arrancar, mesmo que aos poucos, a tristeza de dentro de mim. Têm sido bastante dolorido, mas sei que não vai durar para sempre. Enquanto isso eu vou seguindo em frente. Vivendo um dia de cada vez.

Juntando os cacos

'Esse seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar, é pensar que você
Gosta de mim como eu de você
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou, sonhou demais
Ah, se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos...'


Com essa música linda da Nara, me preparo para entrar em uma outra fase: a de juntar os cacos. Mais uma vez. Não é a primeira e, com certeza, não será a última. 


Assim a vida segue. Aliás, assim é a vida: a gente se apaixona e desapaixona por muitas pessoas - e pela mesma pessoa também. Somos felizes, juramos amor eterno, nos iludimos, quebramos a cara, nos revoltamos, prometemos nunca mais amar ninguém e, quando menos se espera, surpresa! Uma nova pessoa aparece, balança nosso coração e começa tudo outra vez. 
E, cá para nós, quer coisa melhor? Sentir aquele friozinho na barriga, as mãos suando, o coração disparado, o sorriso que insiste em não sair do rosto...É muito gostoso. Faz bem. Dá sentido à vida. O amor, ainda que nos faça sofrer, ainda que nos faça chorar, ainda que vire a nossa vida de cabeça para baixo, sempre vale a pena.


Não foi dessa vez. Mas a minha hora vai chegar. 

Quando a ficha cai

Você está numa boa e, de repente, se vê diante de uma situação completamente inimaginável. Em fração de segundos a coisa toda acontece. Você fica dias sem dormir, a cabeça e o coração numa confusão dos diabos e tudo não parece passar de uma alucinação sua.

Os dias passam, a poeira baixa, fatos novos surgem, as coisas caminham para outra direção. Você percebe, ao longo do tempo, o quanto essa pessoa se tornou especial e importante na tua vida. Sem querer, cria-se uma ilusão e, por mais que você negue, acaba alimentando-a. Entretanto o destino, sempre ele, te chama à realidade da maneira mais dura e a ficha finalmente cai: não Bia, não vai passar disso. Durou uma noite apenas; algumas horas, para ser mais exata - mal consigo me lembrar a ordem dos acontecimentos. Mas durou o suficiente para levá-lo para sempre comigo. E da forma mais bonita, sincera e delicada possível.

Até quando?

Expectativa. Medo. Insegurança. Confusão. Angústia. Lágrimas. Alívio. Alegria. Certeza. Expectativa. Medo. Insegurança. Confusão. Angústia. Lágrimas. Alívio. Alegria. Certeza. Expectativa. Medo. Insegurança. Confusão. Angústia. Lágrimas. Alívio. Alegria. Certeza. Expectativa. Medo. Insegurança. Confusão. Angústia. Lágrimas. Alívio. Alegria. Certeza. Expectativa. Medo. Insegurança. Confusão. Angústia. Lágrimas. Alívio. Alegria. Certeza.
Até quando?

Muito pouco

Pronto
agora que voltou tudo ao normal
talvez você consiga ser menos rei
e um pouco mais real
esqueça
as horas nunca andam para trás
todo dia é dia de aprender um pouco
do muito que a vida trás


Mas muito pra mim é tão pouco
e pouco é um pouco demais
viver tá me deixando louca
não sei mais do que sou capaz
gritando pra não ficar rouca
em guerra lutando por paz
muito pra mim é tão pouco
e pouco eu não quero (mais)


Chega!
não me condene pelo seu penar
pesos e medidas não servem
pra ninguém poder nos comparar
por que
eu não pertenço ao mesmo lugar
em que você se afunda tão raso
não dá nem pra tentar te salvar


...Veja
a qualidade está inferior
e não é a quantidade que faz
a estrutura de um grande amor
simplesmente seja
o que você julgar ser o melhor
mas lembre-se que tudo o que começa com muito
pode acabar muito pior...


Paulinho Moska

http://www.youtube.com/watch?v=VtUBarEVCf0