Seguindo em frente

Hoje foi um dia excepcionalmente bom. Domingo ensolarado, almoço em família, Vila Madalena. Fazia tempo que não me sentia tão leve, tão despreocupada, tão 'Bia'. Estava precisando sair um pouco, ver o sol, dar risada, falar bobagem, não me preocupar com nada. Parece que o peso nas costas diminuiu 80%.


Mas a noite ainda continua sendo a parte complicada do dia. É a hora que você não tem para onde fugir e, por mais que eu me force a não pensar, não tem jeito: meus pensamentos estão lá, nele. E tanta coisa me faz lembrar dele que tem horas que o nó na garganta parece me sufocar. Aí eu fecho os olhos, conto até 10, respiro fundo. Não é fácil, definitivamente não é. Aliás, não sei o que é pior: ver ou não ver, falar ou não falar. Porque sempre depois de vê-lo bate um vazio enorme, como se toda a minha alegria fosse sugada de mim; é uma sensação horrível. Sei que tenho sido bastante repetitiva ultimamente, mas escrever é uma maneira bem eficaz de arrancar, mesmo que aos poucos, a tristeza de dentro de mim. Têm sido bastante dolorido, mas sei que não vai durar para sempre. Enquanto isso eu vou seguindo em frente. Vivendo um dia de cada vez.